Vamos falar de coisa séria. Estamos, no pior momento da pandemia até aqui. Enganam-se aqueles que consideram a COVID -19 uma doença simples, que acomete somente o trato respiratório. Hoje, sabemos que trata-se de um infecção viral com potencial para acometer diversos órgãos e sistemas.
A gravidade da doença é variável e infelizmente, até então, não sabemos o que causa essa variabilidade individual. Ou seja, qual o motivo de adulto jovens possuírem casos graves e necessitarem de cuidados intensivos e medidas invasivas enquanto alguns idosos são oligosintomáticos ou até assintomáticos? Sendo o contrário também verdadeiro ? Ainda aguardamos respostas…
Visto o acometimento multissistêmico, a miopericardite pode estar presente no leque de complicações possíveis. Trata-se de uma inflamação dos tecidos que envolvem e compõe o coração. Esta, por tratar-se de um substrato arritmogênico pode levar a morte súbita.
Ok, entendi que pode ser uma doença que afeta o coração, mas eu tive COVID e tive sintomas leves ou fui assintomático!
Infelizmente, mesmo em casos leves e assintomáticos, existe a possibilidade de você possuir alterações cardiológicas. Algumas alterações, como a miopericardite, já conhecemos os possíveis desfechos (arritmias/morte súbita) enquanto outras, ainda são obscuras quanto ao prognóstico e o real significado clínico.
Certo, eu sou atleta amador (a), contrai COVID, tive um caso leve e estou assintomático. Posso retornar aos treinos normalmente?
A resposta é não. Após contrair COVID e estar curado, antes de retornar aos treinos, por menor a intensidade que estes ocorram, você precisa de uma avaliação médica com médico do esporte ou cardiologista.
Nesta avaliação inicial, você passará por uma investigação minuciosa, onde duas informações são de extrema importância: a gravidade da doença enfrentada e se você é classificado como esportista recreativo, competitivo ou atleta. Dessa forma, obtemos uma direção clínica para a solicitação de exames complementares, que podem variar de um teste ergométrico ou ergoespirométrico e até a ressonância cardíaca.
Enquanto as dúvidas crescem e dezenas de tratamentos alternativos (sem comprovação científica) aparecem, hoje, temos ainda poucas medidas eficazes. Vacinas, máscaras, higiene das mãos e o distanciamento social, são práticas recomendadas por diversas entidades médicas.
TAKE HOME MESSAGE: Covidou? Procure um médico especialista para o retorno aos treinos.
Referência: Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.
Olá!
É uma honra estar com vocês por meio desta plataforma.
Primeiramente gostaria de agradecer ao colega Robson, por confiar em minha capacidade técnica para escrever periodicamente por aqui…
Antes de mais nada, gostaria de me apresentar.
Meu nome é Lucas Padova Nyland, sou médico residente em Medicina do Esporte (R3) da Universidade Caxias do Sul/ Instituto de Medicina do Esporte em Porto Alegre/RS. Formado pela UNOESC (Joaçaba, Santa Catarina) em 2017, trabalhei um ano com medicina preventiva e então ingressei na minha especialização atual, a qual estou no último ano para adquirir o título de especialista em Medicina do Exercício e do Esporte (Médico do Esporte).
Pronto, agora que vocês me conhecem um pouco mais, vamos entrar no mundo do esporte!
Serão postados aqui, revisões dos diferente assuntos relacionados a especialidade em questão.